domingo, 9 de maio de 2010

Dia dos anjos





Sempre fui muito apegada à minha mãe. Ela é realmente minha melhor amiga. Meu anjo, minha companheira. Estar longe dela não é fácil... Acredito que seja a parte mais difícil de se estar aqui. Eu imagino que seja assim também com todos. Sinto muita falta de ter a companhia dela todos os dias. Abraçá-las todas as manhãs... Nossa ligação não é dessa vida, disso tenho certeza. Somos muito mais que o acaso...

Então, nesse dia das mães, que sei que a minha está sentindo muito a minha falta, queria desejar um Feliz dia das Mães à todas (principalmente à minha!!!), mandar um imenso beijo pra minha linda mãe e aconselhar a todos os filhos que estejam ao lado de seus anjos de luz agora a aproveitarem muito esse momento!!!


sábado, 1 de maio de 2010

Quase acabando...


Não estou tendo (english =P) muito tempo para postar, mas voltarei logo em breve a fazer isso com mais frequência. Essa semana foi uma loucura, passou voando, porém pra mim ela ainda não acabou pois tenho uma linda provinha de contabilidade para fazer amanhã e assim terminar a minha 2ª sessão na UQAM. Então terei 4 meses de férias da faculdade, mas não do trabalho auhauhauuha. Volto às aulas apenas em setembro e mais descansada, espero... Estudar aqui realmente é difícil, é bem puxado. O volume de coisas para estudar em tão pouco tempo é absurdo e realmente você tem que dar conta de tudo, pois será cobrado na prova. Também não temos direito aqui à famosa final daí do Brasil. Aqui ou você passa ou reprova e é tudo, sem direito à uma última tentativa. Mundo cruel, né! Bom, enfim... Só passei mesmo para dizer que estou por aqui, que Montréal ainda não está em pleno verão (essa semana até nevou, mesmo que estranhamente) e que a semana que vem começo a ter vida novamente e a compartilhar um pouco dela aqui com vocês. =)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Quem é vivo sempre aparece

Depois de um longo tempo sem nem sequer entrar no blog, eis que hoje me deparei pelo acaso da vida com ele e me bateu uma imensa saudade quando li o título “Faire de beaux rêves”. Poxa... Realmente eu sonhei muito em estar aqui e como foi bom todo esse sonho. Voltei no tempo olhando o blog e é por isso que hoje estou aqui para revivá-lo. Sei que esse meu sonho realisado é o sonho de muitos ainda a realisar e o meu projeto de ajudar nesse caminho ainda está vivo. Na vida, às vezes, precisamos mesmo de um tempo e foi isso o que aconteceu. Dei um tempo do blog, mas agora acho que tá na hora de voltarmos à nossa parceria. Sei que muita gente já passou por aqui para dar uma olhada... Fiquei impressionada com o número de acessos... E também um pouco reflexiva sobre esse nosso sonho: o de emigrar e imigrar. Questionamentos sobre o quê que nos traz aqui, por quê continuamos apesar de toda a saudade e as dificuldades que enfretamos. Pensamentos que daqui pra frente dividirei com os que aqui passarem novamente. Falarei por mim, pelas minhas experiências... Espero que ninguém as tome pessoalmente para si, pois cada existência é diferente, e é assim que deve ser. Estou aqui há 1 ano e meio já. O tempo vôou e eu nem percebi. Na verdade eu percebi sim em todos os momentos de ausência da família e dos amigos. Quantas saudades! São imensas e sofridas... Há quem diga que o pior é o primeiro ano longe de casa... Eu digo que o pior é depois de um ano, quando a rotina já está instaurada novamente. No começo, é tudo novidade, são muitas descobertas. Depois, a cidade não tem mais tanto aquele glamour e a dolarama deixa de ter graça =P Eu ainda não digo que me sinto em casa, porque sempre quando estou triste penso “eu quero ir pra casa”. Ainda não me sinto como eu me sentia no Brasil. Estar longe implica ganhos, mas também perdas... E eu parcularmente as sinto e muito. Sou uma pessoa muito ligada aos amores que tenho, às pessoas que estão no meu coração. Essa é uma particuliaridade minha e que faz da minha daptação um processomais mais doloroso e lento. Eu sinto mais aonde vivo como uma estadia com o meu cheiro e a minha cara, mas ainda não a vejo como o meu lar. Essa é a parte mais difícil pra mim aqui. Porém, há dias em que eu ando nas ruas e eu penso “caramba! Eu estou aqui! Isso não é um sonho!” e fico maravilhada com a emoção de estar realisando um grande sonho. A vida aqui é um duo em tudo. Um verdadeiro exercício para os que estão acostumados à sua zona de conforto. Hoje quando me pergunto pelo verdadeiro motivo de estar e continuar aqui, me vem sempre em mente “para viver”. Sou uma pessoa muito maior agora e imensamente grata pela oportunidade de ter apredido tanto coisa em tão pouco tempo. Ter emigrado pra mim foi como ter lido um livro bom. Não sei como descrever a sensação de “se estar” em um livro, mas sei que vocês me entendem.

P.S. Desculpem se houver algum erro de Português, mas é que faz muito tempo que não escrevo mais na minha língua. Preciso praticar =)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Parc Jean-Drapeau

Montréal é uma cidade extremamente arborizada em comparação à Recife. Nós adoramos isso, pois sentíamos muita falta de parques espaçosos com bastante verde em nossa cidade. Tínhamos o Parque da Jaqueira, o que já era maravilhoso para a gente. Mas, depois que conhecemos os parques daqui, percebemos que ele é quase uma pracinha perto da estrutura dos que temos em nossa nova cidade. Adoramos um parquinho em especial que temos próximo à nossa casa que é dedicado aos nossos melhores amigos: os cães. Johnny vive lá brincando com os outros cachorros. Ele adora! O espaço é todo fechado e podemos soltá-lo lá para correr livremente e se socializar com cães de vários tamanhos e raças. É ótimo! Sentiremos falta desse cantinho quando nos mudarmos.

Gostamos muito também do Parc Lafontaine, muito famoso entre a brazucada. Lá é bem grande, tem um laguinho no meio com vários patinhos e um palco sempre armado para apresentações. Dia de sol fica lotado. Rola muito piquiniqui, festinhas ao ar livre... O lugar é lindo, talvez o mais bonito em nível de verde. No Lafontaine, você também pode levar o seu cachorro, contanto que ele fique na coleira, é claro, pois lá tem muita criança e às vezes pode ser perigoso.

Mas, se você está procurando um parque que além de muitas árvores tenha também eventos, esse lugar é o Parque Jean-Drapeau, localizado na Île Sainte-Hélène. Fica na linha amarela do metrô. É bem fácil de chegar, não tem erro. Esse parque é famoso também pela Bioesfera, pelo parque La Ronde, pela “praia” articifial, pelo complexo aquático... Bom, tem muita coisa lá e o espaço é enorme. No inverno també fica muito bonito e é um ótimo lugar para praticar skibunda =P Fora tudo que já tem, o parque ainda é conhecido pelas inúmeras festas e eventos que acontece lá. Agora no verão então nem se fala. São muitos! Alguns são fixos, como o Piknic Électronik, uma rave que rola todos os domingos. A entrada é $ 10,00. Começa de manhã e vai até às 9:00 da noite. Já fomos e adoramos. Agora tá tendo também um circuito cultural chamado os finais de semana do mundo. Ainda não fomos, mas pretendemos prestigiá-lo também. E, logo logo, dia 1 de agosto, teremos o festival de fogos que deve ser lindo e estaremos lá para ver e registrar tudo para vocês! Ah! Quase esqueci do cassino! Se você tem sorte, é lá que deve ir. Eu particularmente não tenho. Apostei $ 0,05 e perdi =P Mas o cassino é lindo, principalmente à noite. É um ponto turistico bacana e que não deve ser esquecido. Já que você vai ao Jean-Drapeau,não custa dar uma passadinha lá!


sexta-feira, 24 de julho de 2009

E a vida continua...


Por aqui por cima continua tudo bem... O verão não está lá essas coisas, mas é melhor aproveitar pois já já ele vai embora e volta o friozão denovo. Acho que eu tô começando a entender o porquê de falarem que aqui é muito frio. Não é só a fama do inverno... é que durante o ano todo, não importa a estação, faz frio. Quando acordo de manhã cedo para ir para o trabalho, vou de casaco. Quando volto à tarde, tenho vontade de botar um biquini... É meio louco, mas é Québec. A gente se acustuma, mas é sempre bom tomar muito suquinho de laranja para reforçar a imunidade. Falando nisso, aí fica uma dica para que vem pra cá, tomem muita vitamina. Quem chega costuma ficar gripado com frequência e a resolução para esse problema, pelo menos pra mim e Diogo, foi começar a tomar Cetrum e vitamina C todos os dias. Aqui é bem baratinho e vale muito a pena. Não ficamos mais doentes e quando a gripe quer nos pegar não passa de uma mera tentativa de um ou dois dias.
Nosso cachorrinho já está bem maior e agora também pode passear na rua. Aqui perto tem uma pracinha só para cachorros que ele adora! Ficam todos soltos correndo e se babando =P Encontramos até uma basset hound lá filha de brasileiros =) Com o Johnny descobrimos algumas coisas básicas sobre ter cachorro aqui. Primeiro, não é obrigatória fazer o registro do cão, aquele que você paga uma taxa de $ 27 por ano. É opcional e não serve pra quase nada. O nosso filhinho não é registrado e a sua veterinária também não nos encorajou a fazer. Ração de boa qualidade aqui é mais barata que no Brasil, ou seja, para manter um cão não é tão caro. O problema daqui são os atendimentos de urgência e a vacina octúpla. Tirando isso, pobre pode ter sim um cachorrinho =P
Em setembro começo a estudar novamente. Vou começar um outro bacharelado em um área diferente da minha no Brasil. Essa decisão foi tomada ainda no Brasil e logo quando cheguei aqui fiz minha aplicação para a UQAM. Fui aceita sem problemas. Sempre quis mudar de profissão, achei que esse erao momento certo. Irei começar o curso de gestão internacional e estou bem animada, pois a escola de gestão de lá é muito bem falada. Sei que vai ser bem difícil, afinal de contas, vou estudar em francês, mas acho que essa também é uma boa forma de se forçar a estudar a língua. Universidade aqui é barata, bem mais barata no que no nosso país. E, além disso, para imigrantes como nós há uma ajuda financeira do governo que se chama prêt et bourse. Uma é um empréstimo para pagar os estudos e a outra é uma bolsa que é dada para ajudar nas despesas enquanto você estuda e essa sim é muito boa, diferente da que é dada na francisation. Vocês podem estar pensar "Ah, mas não deve ser muito fácil para ganhar isso!" Mas aí eu respondo que é sim. Eu fiz o pedido e ganhei as duas e mais dois amigos também fizeram e receberam. O juros são muito baixos, nada comparado com a realidade dos empréstimos no Brasil e para quem quer recomeçar aqui, essa pode ser uma boa opção.
Então é isso, gente... a vida continua... Todos os dias ainda aprendemos coisas novas, sejam elas práticas ou de fundo íntimo. Amamos essa cidade, a vida que levamos aqui e não nos arrependemos nem um pouco de tudo o que fizemos. Quando olhamos para trás e vemos o que passamos, sentimos que o sofrimento valeu a pena, pois aqui é o nosso lugar e o nosso lar.


segunda-feira, 15 de junho de 2009




Aos que sentiram a minha falta, eis me aqui novamente! Ausentei-me por um bom período porque as coisas aqui nos tomam bastante tempo. Fora isso, outros acontecimentos me ocuparam também toda a atenção, como a visita inesperada de minha mãe quando eu tinha acabado de completar 3 meses de Canadá. Pois é, nem bem cheguei aqui e minha fiel escudeira já veio me ver. Esse foi um presentão que ganhei de Deus e do meu irmão mais velho César. Ela chegou por aqui para me dar aquela MÃOZINHA que só uma mãe pode dar. Passou 2 meses comigo e no final de maio voltou pro Brasil pra cuidar do meu pai, do meu outro irmão (Jorginho) e dos meus filhos (Napoleão e Romeu) que ficaram em casa. A experiência dela aqui foi tão boa, que ela disse que não voltaria mais para o Brasil se não fosse a nossa família e até anda sofrendo de depressão pós-Canadá por lá =P Logo, logo espero receber mais visitas da família e fazer visitas por lá também!Bom, a hora da partida é muito triste, dói muito e reviver isso tudo em tão pouco tempo é muito marcante. Mas, a hora em que revemos as pessoas que amamos é tão mágica que compensa toda a dor de termos passando algum tempo afastados. Jamais irei esquecer a emoção de rever a minha mãe e de sentí-la em meus braços novamente. É muito bom e realmente indescritível. Só vivendo para saber. É como imigrar, só fazendo pra saber como realmente é e como se sente quando, após alguns meses, a ficha cai e você pensa “ops, eu não estou aqui a passeio, vim pra morar mesmo!”. Acho que isso só aconteceu comigo há pouco tempo e não foi nada bom. Acho que deve acontecer também com todo imigrante. É triste, mas foi uma opção que fizemos e, como tudo na vida, não podemos ter tudo. Algo se ganha e algo se perde, o que nos resta é balancear e ver se os ganhos compesam as perdas. Isso é uma questão muito pessoal e prefiro nem entrar em detalhes. Fora a visita da minha mãe, recebi algumas vezes a do meu irmão César também, que é piloto e mora nos U.S., o que foi muito importante para a minha adaptação. Fazia anos que eu não o via e foi muito bom tê-lo por perto novamente.

E, então, vieram as ocupações do cotidiano: trabalhar, lavar, passar, cozinhar, cuidar da casa. Isso ocupa também muito tempo por aqui, pois não podemos contar com a super ajuda de nossas famosa secretárias. Ainda não me tornei uma super mulher, estou em fase de adaptação. Perco ainda um bom tempo com os afazeres domésticos. E agora eu sou mãe também aqui no Canadá! Calma, pessoal! O bêbê ainda não veio, o que a cegonha me trouxe foi um filhote de teckel lindo que ganhei de presente de aniversário no começo desse mês. Antes que me perguntem, não só tem essa raça de cachorro aqui não e nem invejamos o do pessoal do J'arrive (mentira, invejamos um pouco sim!). Ele era um antigo sonho meu. Adoro cachorros baixinhos e, como temos dois bassets hounds pesadões que não podem ser carregados no colo o tempo todo e eu adoroooooo um chiot no braço... Chorei, chorei, chorei e ganhei o Johnny, uma figurinha linda e que deu muito mais alegria a minha vida aqui. Nos próximos posts contarei mais sobre a vida canina para os interessados.

O cotidiano acaba não trazendo grandes novidades e o cansaço coopera com o afastamento. Contudo, me faz muito bem escrever e relatar as minhas experiências e é por isso que farei o possível para estar sempre por aqui atualizando, até mesmo com coisa que já encheram o saco. Aos que acabaram de chegar ao Québec ou a outra província canadense, sejam bem-vindos! Desejo toda sorte do mundo nesse recomeço de vida. Aos que quiserem fazer contato conosco, sintam-se à vontate!


Forte abraço em todos e fiquem com umas fotos de um pouquinho do que andou acontecendo por aqui.



Comemoração do aniversário da minha mãe


No dia em que ela chegou... Alegria pura!


Passeio no Parque Jean Drapeau


Parque Mont-Royal ainda com neve

Meu presente de aniversário: Johnny


sexta-feira, 27 de março de 2009

Mais notícias daqui de cima

Pensei que depois da minha última postagem, nós seríamos alvo de críticas, principalmente daqueles que estão por vir e não querem de forma alguma que seus sonhos sejam quebrados. Eu também não queria que o meu fosse e talvez tenha sido por isso que eu só tenha levado em consideração as coisas boas que eu lia sobre aqui e não as más. Ficamos muito felizes com os recados deixados aqui com as mensagens de “bola pra frente”. Agora que estamos trabalhando e as coisas começando a se arrumarem é mais fácil pensar positivamente, mas no meio da tempestade foi um pouco difícil. Parece-me (na verdade tenho quase certeza) que esse lado B da imigração fica meio em “off” pelos motivos mais diversos. Uns não querem dar o braço a torcer dizendo que aqui a coisa funciona diferente ou que estão passando por necessidades; outros por medo da repercussão da coisa. Bom, o fato é que nós não poderíamos deixar de avisar que aqui a barra é dura, mais dura do que podemos imaginar quando ainda estamos nas nossas terrinhas. Muito obrigada pela força de todos e pela torcida.

Mas, como o Sol já vem vindo, deixemos isso um pouco de lado e falemos de coisas boas. Quando ainda estávamos na Francisation, participamos de uma atividade muito legal que é a Cabane à Sucre. Pagamos apenas CAD$ 4,00 cada pelo transporte e pelo almoço lá, o restante do montante foi custeado pelo MICC. Pelo menos esse curso aqui funciona e é muito bacana. Disso faço questão de fazer propraganda, inclusive, quando possível, voltaremos a fazê-lo. O passeio foi muito legal. Tivemos a oportunidade de ver de pertinho como é feito o famoso mel de érable daqui do Canadá e de apreciarmos um pouquinho da culinária local que é bem gostosa também (tirando o poutine que comemos aqui e não gostamos muito). A paisagem é linda e o ambiente muito agradável. Passeamos pelos bosques com os outros estudantes do curso, comemos bastante jambon com mel, mas sem exagerar também porque dá dor de barriga, né! O mel é uma delícia, parece um caramelo mais suave, pena que não seja assim tão baratinho. Esse é um passeio que recomendamos para toda a família! Ficam aí as fotos para vocês apreciarem e até a próxima!





Minha ex-turma (Japão, China, México, Colombia e, lógico, Brasil!)


A turma de Diogo