sábado, 7 de junho de 2008

Enviada a documentação...

Depois de todo o trabalho de separar a documentação e preencher formulários, vem o pior: aguardar os primeiros contatos do Escritório de Imigração conosco. No nosso caso, ele nem demorou muito, mas o mesmo não vem ocorrendo com muitos amigos daqui de Recife que enviaram seus dossiês recentemente ao novo Bureau de São Paulo. Imaginei que esse tipo de atraso ocorreria por conta da mudança de localização e do aumento da demanda. Porém, não pensei que chegaria ao ponto de 3 meses após enviada a documentação, muitos não terem recebido nem um e-mail informando a chegada da mesma, como ocorreu conosco. Sei que isso é importantíssimo e extremamente tranqüilizador para quem está envolvido nesse processo. Passamos por muitas angústias resultantes do atraso da nossa entrevista e é realmente uma pena que isso ainda esteja acontecendo. Uma lástima pra os que se candidataram ao processo e para o próprio Ministério de Imigração, que também sai prejudicado com isso. O que podemos dizer para os que estão nessa mesma situação é: façam disso um momento de preparação para a entrevista. Foi o que fizemos. Estudem mais Francês, porque nunca é demais. Dediquem-se ao projeto, às pesquisas e exercitem a paciência, pois ela será vital durante todo o processo. Depois do alívio que vem com o CSQ, novamente iremos precisar dela para a parte federal que também demora, infelizmente. Mas, pensemos positivo! Logo boas notícias chegarão e, com elas, o nervosismo para a entrevista que é, realmente, o momento em que ele atinge o pico máximo! Como disse, aproveitamos o nosso momento de “atraso” no processo para nos prepararmos para o dia fatídico, que decidiria o rumo das nossas vidas. Sei que quando o vivemos por muito tempo (como nós) dá até uma falta de estímulo, de animação. No entanto, não podemos nos abater e temos que continuar com a cabeça lá no Québec, mesmo que fisicamente estejamos presos aqui. Mas, enfim, como podemos fazer uso desse pequeno contratempo a nosso favor? Aí vai o que fizemos e deu muito certo.

O Francês

Como seria o nosso estado nessa língua que determinaria se passaríamos ou não na entrevista, nos dedicamos de corpo e alma ao seu estudo. Como eu já estava fazendo um curso intensivo de 2h diárias e Diogo já tinha um certo domínio da coisa, achamos que precisávamos mesmo era de treinar para a entrevista. Então, recorremos àquele questionário de perguntas já tão conhecido do blog “Luis e Tati no Québec” e ao nosso professor e amigo Ricardo Medeiros. Passamos 4 meses fazendo aulas particulares com ele direcionadas apenas para isso e deu muito certo. Acho que foi o período que mais aprendi francês, sem querer desmerecer os outros cursos. Eram 2 encontros semanais de 2h cada, mas que pelo valor da aprendizagem parecia ser muito mais. Ter começado a fazer isso com bastante antecedência nos favoreceu bastante, pois nos deu muita tranqüilidade e segurança no dia da entrevista. E, realmente, ela gira entorno dessas questões. Vale muita a pena fazer isso e eu aconselho!

As pesquisas

Como sou uma pessoa muito ansiosa (entenda “eu” como Gisele), fiz as pesquisas desde o comecinho do processo, sem pressa e para ter tempo de encontrar o que de melhor o mercado de informações teria a me oferecer. E isso também deu muito certo. Eu pude escolher as boas ofertas de trabalho que realmente só apareceram com o tempo, pelo menos na minha área e na de Diogo, e aproveitar as novidades que iam surgindo. Os sites que nós mais utilizamos para fazer as pesquisas são os que estão aí na lista ao lado. Separamos as nossas pesquisas em duas pastas: uma para o mercado de trabalho e ofertas de emprego e outra para custo de vida (aluguel, alimentação, transporte...) e algumas pesquisas que tínhamos feito inicialmente sobre o Canadá, a província e a cidade de Montréal (a escolhida para residirmos). Como eu já disse, ter tempo é tudo. Como nossa área é a de educação, tínhamos poucas informações sobre como andava o mercado de trabalho lá e se encontraríamos algum estudo sobre ela. O que descobrimos, através do mels (Ministério da educação do Québec), é que há uma demanda de profissionais da educação lá, sim! Eles estão precisando, especificamente, de professores de língua (Inglesa e Francesa), de Artes e de Educação Física. No site do mels, é possível encontrar um estudo mercadológico, feito pelo próprio governo, que aponta as perspectivas dessa área, inclusive em números. É muito interessante e foi através dela que montamos todo o nosso projeto. As ofertas de emprego foram retiradas basicamente do Emploi Québec, apesar de sempre pesquisarmos em outros sites de busca de emprego também. Porém, a maior felicidade mesmo veio do Jobboom. Eu havia cadastrado o meu currículo em alguns sites, mas foi dele que veio a proposta de emprego para trabalhar como professora de Inglês em uma escola particular em Montréal. Fiquei muito feliz e o agente de imigração que nos entrevistou também. Acho que inclusive ele computou os pontos dedicados a esses casos. Então, fica aí a dica: cadastrem-se, não temos nada a perder mesmo. No Emploi Québec também é possível pesquisar sobre cada profissão e suas perspectivas na província. Não é um estudo profundo, mas já serve de base. Levamos cada um 5 ofertas de emprego de acordo com o nosso perfil e a minha proposta. Essa foi a parte que o conselheiro mais deu atenção na entrevista. Ele olhou cuidadosamente e se divertiu muito com as ofertas de emprego e os benefícios que algumas ofereciam, principalmente, as de Diogo. Saindo disso e indo aos custos de vida, começamos pela pesquisa por um lugar para morarmos. Os sites usados também são os que estão no blog e os que acreditamos serem os mais legais e informativos. Aí não tem muito mistério, é escolher a cidade e o imóvel. É interessante observar o que já está incluso no valor do aluguel, porque isso também é olhado na entrevista, e ter cuidado na escolha dos bairros. Existem alguns que têm um valor muito acessível de aluguéis, mas que ficam longe do centro e isso foi motivo pra muita conversa na entrevista também. Leblanc nos aconselhou a procurar bairros mais centrais e que não fossem tanto de imigrantes para facilitar a nossa adaptação, tipo Plateau Mont-Royal. A pesquisa sobre alimentação foi feita basicamente no site do supermercado on-line IGA. Por lá eu pude saber o valor de cada produto e também aprender o nome deles em francês. Fiz uma planilha com os principais produtos e os seus preços durante uns meses e levei para mostrar que tudo realmente havia sido pesquisado com bastante cuidado. Ele achou incrível a variação de preços durante o inverno das frutas e verduras e riu muito de termos pesquisado até o valor do pãozinho. Fora isso, imprimimos alguns folders de supermercados para ilustrar melhor. Quanto ao transporte, foi imprimir a tabela de preços que tem no próprio site do STM e só. No mais, apresentamos um mapa de Montréal, que havíamos requisitado no Bonjour Québec, com algumas marcações dos lugares onde havíamos nos interessado por algum imóvel e do que tinha próximo deles, como estação de mêtro, universidades, hospitais... Leblanc gostou bastante, fica aí a dica. Levamos muito material que havíamos recebido do site de turismo do Québec também, mas ele não quis olhar nada. Mas, é legal entrar lá e pedir, até mesmo pra conhecer. Bom, acho que dessa parte é tudo. Boas pesquisas!

3 comentários:

Babi e Wal disse...

Oi, Gisa!

Obrigada pela visita ao nosso blog!
Você pode, sim, adicioná-lo à sua lista de blogs!

Posso adicionar o de vocês à minha?

Vi que vocês já estão na etapa federal do processo... boa sorte e que ela seja rápida!

Abraços, Bárbara.

Sem passado disse...

Olá pessoal,

Valeu pela visita no blog!

Pois é, só não dei ínicio ao processo Federal pois ainda não recebi um atestado de antecedentes do Estado de Massachusetts nos Estados Unidos. O do FBI que eu achei que seria o mais demorado já chegou, então estamos no aguardo (pra variar) para podermos iniciar mais essa etapa.
Bom, o blog de vocês já está nos nossos links, ok?

Esse processo todo é de fato um exercício de resistência para o coração, "pelamordedeus"! rsrs

Um abraço grande à vocês e até logo mais,

Ricardo e Rosangela

Raphael disse...

Fala pessoal! Que bom que vcs gostaram do nosso blog! Para Carol se inscrever no CEGEP foi preciso uma tradução juramentada (daqui) da nossa certidão de casamento, diploma e carteira de residente permanente. As taxas são somente pra inscrição que foram 190 dolares canadenses. O resto é com o governo. Se precisarem de qualquer coisa aqui, podem contar conosco!! Abração e boa sorte no restante do processo!!!