Aos que sentiram a minha falta, eis me aqui novamente! Ausentei-me por um bom período porque as coisas aqui nos tomam bastante tempo. Fora isso, outros acontecimentos me ocuparam também toda a atenção, como a visita inesperada de minha mãe quando eu tinha acabado de completar 3 meses de Canadá. Pois é, nem bem cheguei aqui e minha fiel escudeira já veio me ver. Esse foi um presentão que ganhei de Deus e do meu irmão mais velho César. Ela chegou por aqui para me dar aquela MÃOZINHA que só uma mãe pode dar. Passou 2 meses comigo e no final de maio voltou pro Brasil pra cuidar do meu pai, do meu outro irmão (Jorginho) e dos meus filhos (Napoleão e Romeu) que ficaram em casa. A experiência dela aqui foi tão boa, que ela disse que não voltaria mais para o Brasil se não fosse a nossa família e até anda sofrendo de depressão pós-Canadá por lá =P Logo, logo espero receber mais visitas da família e fazer visitas por lá também!Bom, a hora da partida é muito triste, dói muito e reviver isso tudo em tão pouco tempo é muito marcante. Mas, a hora em que revemos as pessoas que amamos é tão mágica que compensa toda a dor de termos passando algum tempo afastados. Jamais irei esquecer a emoção de rever a minha mãe e de sentí-la em meus braços novamente. É muito bom e realmente indescritível. Só vivendo para saber. É como imigrar, só fazendo pra saber como realmente é e como se sente quando, após alguns meses, a ficha cai e você pensa “ops, eu não estou aqui a passeio, vim pra morar mesmo!”. Acho que isso só aconteceu comigo há pouco tempo e não foi nada bom. Acho que deve acontecer também com todo imigrante. É triste, mas foi uma opção que fizemos e, como tudo na vida, não podemos ter tudo. Algo se ganha e algo se perde, o que nos resta é balancear e ver se os ganhos compesam as perdas. Isso é uma questão muito pessoal e prefiro nem entrar em detalhes. Fora a visita da minha mãe, recebi algumas vezes a do meu irmão César também, que é piloto e mora nos U.S., o que foi muito importante para a minha adaptação. Fazia anos que eu não o via e foi muito bom tê-lo por perto novamente.
E, então, vieram as ocupações do cotidiano: trabalhar, lavar, passar, cozinhar, cuidar da casa. Isso ocupa também muito tempo por aqui, pois não podemos contar com a super ajuda de nossas famosa secretárias. Ainda não me tornei uma super mulher, estou em fase de adaptação. Perco ainda um bom tempo com os afazeres domésticos. E agora eu sou mãe também aqui no Canadá! Calma, pessoal! O bêbê ainda não veio, o que a cegonha me trouxe foi um filhote de teckel lindo que ganhei de presente de aniversário no começo desse mês. Antes que me perguntem, não só tem essa raça de cachorro aqui não e nem invejamos o do pessoal do J'arrive (mentira, invejamos um pouco sim!). Ele era um antigo sonho meu. Adoro cachorros baixinhos e, como temos dois bassets hounds pesadões que não podem ser carregados no colo o tempo todo e eu adoroooooo um chiot no braço... Chorei, chorei, chorei e ganhei o Johnny, uma figurinha linda e que deu muito mais alegria a minha vida aqui. Nos próximos posts contarei mais sobre a vida canina para os interessados.
O cotidiano acaba não trazendo grandes novidades e o cansaço coopera com o afastamento. Contudo, me faz muito bem escrever e relatar as minhas experiências e é por isso que farei o possível para estar sempre por aqui atualizando, até mesmo com coisa que já encheram o saco. Aos que acabaram de chegar ao Québec ou a outra província canadense, sejam bem-vindos! Desejo toda sorte do mundo nesse recomeço de vida. Aos que quiserem fazer contato conosco, sintam-se à vontate!
Forte abraço em todos e fiquem com umas fotos de um pouquinho do que andou acontecendo por aqui.
Comemoração do aniversário da minha mãe
No dia em que ela chegou... Alegria pura!
Passeio no Parque Jean Drapeau
Parque Mont-Royal ainda com neve
Meu presente de aniversário: Johnny